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terça-feira, 6 de novembro de 2007

Pensamentos do Graffiti


PENSAMENTO DO GRAFFITI

Desde a pré-história que o Homem sente necessidade de se expressar no seu meio e as
inscrições ou desenhos em rochas, muros e paredes são usados com vários significados
e objectivos desde há muito tempo. Nos dias que correm, não é difícil para quem circula
em algumas áreas das cidades e arredores deparar-se com uma enorme quantidade de
figuras verbais e não verbais, de formas mais ou menos elaboradas, feitas ilegalmente
(ou legalmente) com tinta spray em locais públicos ou privados, como paredes, muros,
junto às vias de circulação e estações de comboios, enfim, um pouco por toda a parte, o
graffiti é algo que podemos observar quotidianamente nas áreas urbanas e semi-urbanas.
As práticas do graffiti, assim como o rap e o break-dance, são consideradas
componentes características do movimento hip hop que surgiu nos bairros mais
estigmatizados dos Estados Unidos, nomeadamente em Nova York, durante a década de
70
, impulsionado por Afrika Bambaata, quando um amigo seu, membro do seu gang, é
morto pela polícia. Bambaata tomando consciência da violência e das condições de vida
existentes no Bronx, abandona o gang e dedica-se à música, criando um movimento
apolítico, Zulu Nation, anti-violência, anti-racismo, assente em princípios como o
respeito pelo próximo e pela diferença, a solidariedade, a tolerância e a criatividade.
Os “tags”, são a vertente mais antiga do graffiti e, de facto, eram já utilizados nos anos
trinta por diversos gangs americanos como forma de demarcação de território. A “moda”
voltou alguns anos mais tarde entre os jovens provenientes dos guethos negros e dos
bairros pobres dos EUA. O “Tag” identificava o seu nome e o número da sua rua. O
fenómeno atingiu a Europa nos anos oitenta e em Portugal surgiu no final dessa década.
Foi o desenvolvimento dos meios de comunicação de massas que permitiu a difusão
deste movimento cultural praticamente à escala global, incluindo, obviamente, Portugal,
que é o caso de que aqui tratamos. De facto, num espaço de tempo relativamente curto
vimos as paredes das nossas cidades encherem-se de desenhos coloridos, muitas vezes
indecifráveis para o olhar de qualquer transeunte, mas que se tornaram demasiado
presentes e evidentes na nossa vida para que se possa por eles passar sem lhes concedermos
um olhar mais demorado, sem os tentarmos compreender, sem os questionarmos
sociologicamente.
O presente estudo pretende então compreender antes de tudo quem são estes “graffiters”
ou “writers”, que artistas ou vândalos, nos enchem as paredes cores. Trata-se de uma
análise exploratória, que visa acima de tudo uma abordagem descritiva, mas, também na
medida do possível compreensiva dos processos e condições que envolvem a criação do
graffiti, das representações, valores e atitudes dos jovens “writers” face ao graffiti em si,
à sociedade que os rodeia e da qual apesar de tudo fazem parte, da família e dos grupos
de amigos, das suas perspectivas futuras, das suas (des)motivações mas, principalmente
tentar perceber o que está por detrás destas práticas, o que pretendem estes jovens
comunicar através dos seus desenhos. Em, suma, com os resultados deste estudo
esperamos poder contribuir para um melhor e maior conhecimento e compreensão deste
grupo de população jovem, das suas motivações, experiências e expectativas

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